

Preconceito com gírias
O uso de gírias é um fato bastante difundido na sociedade brasileira, e está presente no vocabulário das pessoas independente de área geográfica, opção sexual, faixa etária e classe social. Elas refletem a ideologia e o comportamento das gerações com seus ideais e preconceitos.
As gírias são uma forma dos jovens se diferenciarem das gerações anteriores. Comparando a atual juventude com a dos anos 70, por exemplo, percebe-se uma significativa diferença entre as gírias que as caracterizam. Nas letras de músicas de Roberto Carlos se encontram gírias faladas pela geração que consagrou seu sucesso. Gírias como garota papo firme, lambreta, calhambeque, dentre outras se contrastam com o linguajar da juventude atual de todos os estados brasileiros: tá ligado, fala sério, tipo assim, da hora, pode crer, mano, mina, filé, veio, é vero, brother, balada, rapa, demoro, galera, enfim.
No ano de 1978, a gíria que predominou foi transa, pois a juventude começava a usufruir da liberdade sexual. Em 1990, época em que a juventude lutou contra a corrupção do governo Collor, a gíria preponderante foi marajá. Em 2004, a gíria mais falada pelos jovens das classes altas foi fashion, e da juventude atual é fala sério. Essas expressões extraídas do periódico juvenil ATREVIDA, da revista CONTIGO e das letras de músicas de Roberto Carlos reforçam os caracteres diacrônico e diastrático da gíria, isto é, o contexto sociocultural de cada época.
Mas essas variações lingüísticas também possuem um caráter diatópico, variando de lugar para lugar. Por exemplo, o homossexual masculino é tratado como baitola na região Nordeste e por bicha no Sudeste, na Bahia, há uma expressão própria que é xibongo, nome de uma flor típica desse estado, bem como várias outras variações: biba, bambi, frango, frutinha, enfim. As referidas gírias marcam a origem geográfica de seus falantes.
As gírias são ideológicas e, como afirma Calvet (2002, p.112), ”não existe razão lingüística alguma para considerar a gíria como uma forma separada da língua”. E para tanto, também não há razão alguma para considerar as práticas lingüísticas (gírias) como algo errado ou fora da língua, pois, segundo o que afirma Bagno não existe erro na língua. A gíria é algo que cria a todo instante, e que tal você tentar criar uma?Tente!
Referências:
O uso de gírias é um fato bastante difundido na sociedade brasileira, e está presente no vocabulário das pessoas independente de área geográfica, opção sexual, faixa etária e classe social. Elas refletem a ideologia e o comportamento das gerações com seus ideais e preconceitos.
As gírias são uma forma dos jovens se diferenciarem das gerações anteriores. Comparando a atual juventude com a dos anos 70, por exemplo, percebe-se uma significativa diferença entre as gírias que as caracterizam. Nas letras de músicas de Roberto Carlos se encontram gírias faladas pela geração que consagrou seu sucesso. Gírias como garota papo firme, lambreta, calhambeque, dentre outras se contrastam com o linguajar da juventude atual de todos os estados brasileiros: tá ligado, fala sério, tipo assim, da hora, pode crer, mano, mina, filé, veio, é vero, brother, balada, rapa, demoro, galera, enfim.
No ano de 1978, a gíria que predominou foi transa, pois a juventude começava a usufruir da liberdade sexual. Em 1990, época em que a juventude lutou contra a corrupção do governo Collor, a gíria preponderante foi marajá. Em 2004, a gíria mais falada pelos jovens das classes altas foi fashion, e da juventude atual é fala sério. Essas expressões extraídas do periódico juvenil ATREVIDA, da revista CONTIGO e das letras de músicas de Roberto Carlos reforçam os caracteres diacrônico e diastrático da gíria, isto é, o contexto sociocultural de cada época.
Mas essas variações lingüísticas também possuem um caráter diatópico, variando de lugar para lugar. Por exemplo, o homossexual masculino é tratado como baitola na região Nordeste e por bicha no Sudeste, na Bahia, há uma expressão própria que é xibongo, nome de uma flor típica desse estado, bem como várias outras variações: biba, bambi, frango, frutinha, enfim. As referidas gírias marcam a origem geográfica de seus falantes.
As gírias são ideológicas e, como afirma Calvet (2002, p.112), ”não existe razão lingüística alguma para considerar a gíria como uma forma separada da língua”. E para tanto, também não há razão alguma para considerar as práticas lingüísticas (gírias) como algo errado ou fora da língua, pois, segundo o que afirma Bagno não existe erro na língua. A gíria é algo que cria a todo instante, e que tal você tentar criar uma?Tente!
Referências:
Brasil e Portugal
Intãooo, ta lgd? kk
ResponderExcluirConcordo!Acho ainda que aqueles que têm preconceito deveriam ser penalizados.Sou radical, né?
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